De coração para coração....
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Photo United States Holocaust Memorial Museum |
Cada vez tenho mais consciência da maldade que grassa por esse mundo fora, maldade pura. Para mim há dois tipos de maldade, ambos igualmente maus, mas ainda assim distintos. Temos a maldade "maligna", que faz parte do próprio ser, é genética, e é esta que faz os psicopatas, os seres loucos, capazes das maiores atrocidades mas que, de certo modo, estão condicionados para isso... E depois vem a maldade "pura", aquela que todos os dias se comete, fazendo mal aos outros, propositadamente, sabendo que se está, claramente, a prejudicar o outro.... Esta é a maldade mais comum, a mais difundida pelo mundo fora e, pelos vistos, socialmente aceite. Não merece condenações judiciais, os seus autores não vão a tribunal, mas destroem e, mais que destruir, magoam, e, pouco a pouco, vai aniquilando a alma de muita gente.... É mais grave porque se tem a possibilidade de fazer o bem e opta-se pelo mal, a opção existia, mas escolhe-se esse caminho mais tortuoso.... infelizmente a sociedade de hoje, os que nos rodeiam, colegas, conhecidos, por vezes até mesmo "amigos" são levados por esse caminho. Muitas das vezes o meu marido e companheiro de todas as horas diz-me que a liberdade não existe verdadeiramente, que há todo um conjunto de condicionantes que nos levam por aquele caminho, a agirmos como agimos...Não sei, por vezes posso até compreender os raciocínios e as deduções dele (que são sempre muito fortes e exemplificadas), mas quero continuar a acreditar que a possibilidade de dizermos sim ou de sorrir é maior, contrariamente à do não e à do rosto fechado. Assim construo, há muito, o meu mundo. Obrigada àqueles que no quentinho do meu coração me fazem acreditar.... a ti, aos meus pais, aos meus manos, aos melhores sobrinhos do mundo, à Rosa, à Joana, à São, à Manela, à Purificação. Sou, também, vocês.
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