A caminho de casa....

Há dias em que o coração não nos cabe no peito; a alma parece precisar de sair de nós, de nos rasgar para nos fazer sentir que está viva.... mas que precisa de mais, muito mais! Parei o carro e, em ímpetos de antigamente - noite cerrada -, saí. Recordo-me das minhas idas a Monsaraz, à entrada da muralha, de me sentar aí a olhar para as luzes que ficavam ali, eternas, brilhantes, quase misturadas com as do céu, e de tentar respirar todo o oxigénio que pudesse para conseguir aguentar; de tentar beber aquilo tudo, tanto e tão bem que pudesse servir-me para toda a vida, quando já lá não estivesse.... Hoje, ao parar no alto da serra, no miradouro, ao olhar lá para baixo, e ao ver o céu estrelado nas águas do rio, senti-me outra vez assim.... presa. Mas o aperto não desapareceu...

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